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quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Em quatro meses, 32 detentos fugiram do presídio de Santarém, no PA

Números são de um levantamento feito pelo portal G1, com dados da Susipe.
Além das fugas, já houve registros de mortes e superlotação na casa penal.

 

 Em quatro meses, 32 detentos conseguiram escapar da Penitenciaria Agrícola Sílvio Hall de Moura, na vila de Cucurunã, em Santarém, no oeste do Pará. Os números são de um levantamento feito pelo G1, com base em dados informados pela Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe) entre outubro de 2016 e 22 de janeiro deste ano, data da última fuga na casa penal. Até agora, apenas três foram recapturados.

Parte das fugas revela situações semelhantes, em que os presos cavam túneis, serram grades, escalam telhados e até escapam pulado o muro da unidade prisional. Os presos também provocam curto circuito na rede elétrica para dificultar a visibilidade por parte dos agentes penitenciários, facilitando a fuga, segundo a polícia. A situação do presídio revela a crise no sistema carcerário no estado e no país, conforme a OAB.

 
 

A Susipe chegou a informar em nota que não há indícios de facilitação de fuga por parte dos agentes penitenciários e que toda a equipe de plantão é encaminhada a prestar depoimento na delegacia do município. Todos os casos são apurados após sindicância administrativa aberta pela Corregedoria. Ainda segundo a Susipe, quando ocorre fuga, os pavilhões passam por revista estrutural e a segurança é reforçada.

Além das fugas, outra situação agravante no presídio de Santarém é a superlotação e as más condições do prédio, que tem preocupado os familiares de detentos. O prédio foi construído em 1996 e tem capacidade para 360 presos e atualmente possui pouco mais de 700, bem acima da capacidade. Em dezembro de 2016, parte do teto de um dos pavilhões desabou e duas pessoas ficaram feridas.

Os registros de mortes dentro do presídio também têm preocupado as autoridades de segurança e os familiares de presos. Em dezembro de 2016, três detentos foram mortos no presídio por grupos rivais, segundo a polícia. Um deles chegou a ser decapitado pelos detentos. O coordenador nacional da Pastoral Carcerária, padre Valdir Silveira, esteve no presídio, ouviu relatos de familiares e acompanhou a situação dos presos.

Diante de um dos maiores massacres da história das cadeias brasileiras, ocorrido no presídio de Manaus (AM), a preocupação das autoridades de segurança é com a ocorrência de novas rebeliões e fugas de detentos. O Grupamento Tático Operacional (GTO), da Polícia Militar (PM), passou a monitorar por 24h a penitenciária para prevenir ocorrências e revistas estão sendo feitas em todas as celas da unidade.

 

FONTE : G1

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